terça-feira, 9 de setembro de 2008

Poemas de Douglas Reis

PUDESSE EU TE ABRAÇAR, Ó MEU JESUS, PUDESSE...

Pudesse eu te abraçar, ó meu Jesus, pudesse

As lágrimas tornar em pérolas imensas,

Não pagaria com nada as belas sentenças

Que confortaram minha alma na hora da prece.

Se entre os caninos do pecado a fé decresce,

Basta solicitar para que a fera venças,

Dilatando-lhe a boca enquanto fujo à expensas

De Tua diligência, alheio a todo estresse;

E do pântano ao lar, um salto pela graça!

Povoa o tilintar das taças o caminho,

Junto às flautas da orquestra e à seda que se esvoaça.

Fizeste a festa em minha homenagem! Tu, que és

O mais digno, o mais puro e santo, alças o vinho,

Saldando a quem regressa com lama nos pés.





RECONSTRUÇÃO


Ecoa. Estrondo cheio de ânimo e reverência.

Sua porta, fechada para os prazeres pagos,

Oculta uma família faminta da promessa.

Tilinta o sangue pelas ruas órfãs do muro;

Em seu lar, uma fita rubra simula a Páscoa.

Não um arrombamento, mas um bater suave.

Ela abre a porta, livre da atitude lasciva,

Do sorriso que tenta seduzir algum homem;

Ela é filha da Aliança da mesma forma que eles

– Justo nesse sentido, já tinha a porta aberta.

Ao recolher a fita vermelha, que fez dela?

Secou com ela suas lágrimas de vitória?

Ou através da fita pensou no sacrifício,

Ofertando um cordeiro (substituto na culpa)?

Seu lar seria agora muito bem freqüentado,

E teria um marido, não homens com moedas.

Pensaria no mesmo Deus que a tomou nos braços,

Mais seguros que os muros da Jericó vencida.



Quem é Douglas Reis?

O pastor Douglas Reis, tem seu ministério na cidade de Itajaí/SC, onde, inclusive, dá aulas na Escola Adventista. É, também, o idealizador do blog QUESTÃO DE CONFIANÇA, onde publica assuntos referentes ao cristianismo.

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